Muitas empresas ainda adotam processos manuais no desenvolvimento de software. Testes feitos de forma artesanal, registros críticos em blocos de notas e documentação que apenas o desenvolvedor compreende geram riscos que impactam diretamente a segurança do software. Essa falta de padronização e automação não só cria gargalos, mas também deixa brechas que podem ser exploradas por atacantes.
O risco é real e crescente. O relatório Verizon 2024 Data Breach Investigations destaca que, em 2024, o número de ataques explorando vulnerabilidades triplicou. Outro dado importante vem do relatório anual de 2023 da Veracode: mais de 74% dos aplicativos analisados apresentaram pelo menos uma falha de segurança. Entre eles, 69% têm vulnerabilidades listadas no OWASP Top 10, e 56% possuem falhas do CWE Top 25, sendo que 19,2% dessas são classificadas como alta gravidade. Esses números mostram o tamanho do desafio e a necessidade de integrar a segurança desde o início do desenvolvimento.
Para resolver esses gaps, entra em cena o conceito de DevSecOps, que propõe uma integração constante de segurança ao longo de todo o ciclo de desenvolvimento e entrega do software, incorporando princípios de “shift left”. O “shift left” é uma estratégia fundamental que coloca a segurança o mais cedo possível no SDLC (ciclo de vida de desenvolvimento de software), permitindo a identificação precoce de falhas, quando é mais barato e eficiente corrigir.
Assim como DevOps melhorou a colaboração entre desenvolvimento e operações, o DevSecOps busca integrar segurança a esses processos de forma fluida. Com a CI (Integração Contínua), as alterações no código são continuamente testadas e integradas, enquanto a CD (Entrega Contínua) automatiza a implantação para diversos ambientes. Quando a segurança se torna parte dessas etapas, a criação de software seguro é garantida desde o início.
Ferramentas robustas de análise de segurança, como as oferecidas pela Veracode, permitem integrar scanners diretamente no pipeline CI/CD, promovendo a detecção precoce de vulnerabilidades, reduzindo os custos de correção e melhorando a qualidade do código.
Quais erros costumam levar ao desenvolvimento de software inseguro?
- Incompreensão dos riscos: sem uma visão clara dos riscos potenciais, muitas organizações lançam software vulnerável.
- Métodos de prevenção insuficientes: ferramentas de teste inadequadas não detectam falhas antes da produção.
- Falta de automação: a segurança manual leva a erros humanos e atrasos.
- Priorizacão ineficaz: sem priorizar as descobertas, vulnerabilidades críticas podem ficar sem solução.
Como resolver o risco na origem e integrar segurança no SDLC?
- Atue diretamente nos fluxos dos desenvolvedores: Capacite os desenvolvedores a resolver falhas sem sair do ambiente de desenvolvimento, através dos plugins da IDE e hooks que bloqueiam as brechas de serem submetidas ao repositório.
- Conscientize e capacite o time técnico e eleja um Security Champion por squad: Garanta que a equipe esteja preparada para identificar e abordar riscos proativamente, programando correções antes que falhas de segurança entrem em produção.
- Integre scanners de vulnerabilidade: Estabeleça uma linha de base com ferramentas como as da Veracode para avaliar a segurança desde o início.
- Priorize e resolva descobertas: Um processo sistemático de priorização evita dívidas de segurança.
- Defina políticas claras de segurança para aplicações e times.
- Evite falhas de segurança por meio de educação e automação no CI/CD.
Como as ferramentas podem ser usadas para proteger o ciclo de desenvolvimento
Cada fase do ciclo de vida de desenvolvimento de software (SDLC) pode se beneficiar de diferentes tipos de ferramentas de segurança, garantindo uma proteção mais completa e eficiente. Abaixo estão os tipos de ferramentas que podem ser usadas em cada fase:
- Planejamento:
- Ferramentas de Modelagem de Ameaças: Ferramentas de modelagem de ameaças ajudam a identificar possíveis riscos antes mesmo de iniciar o desenvolvimento.
- Desenvolvimento:
- Análise Estática de Código (SAST): Ferramentas de análise estática de código que realizam a verificação enquanto ele ainda está em desenvolvimento, ajudando a encontrar vulnerabilidades antes da compilação.
- Linter de Segurança: Ferramentas que verificam padrões de segurança no código, garantindo boas práticas desde o início.
- Build (Construção):
- Análise de Dependências (SCA): Ferramentas de análise de composição de software ajudam a identificar vulnerabilidades em bibliotecas e componentes de terceiros usados no projeto.
- Testes:
- Testes de Segurança Dinâmica (DAST): Ferramentas que simulam ataques para identificar vulnerabilidades em tempo de execução, garantindo que o aplicativo se comporte de forma segura.
- Testes Interativos de Segurança (IAST): Ferramentas que combinam técnicas estáticas e dinâmicas para identificar vulnerabilidades durante a fase de testes.
- Implantação:
- Ferramentas de Verificação de Configuração: Ferramentas de verificação de configuração garantem que as configurações de infraestrutura estejam seguras antes de a aplicação ser colocada em produção.
- Monitoramento e Operação:
- Ferramentas de Monitoramento de Segurança (SIEM): Ferramentas de monitoramento de segurança ajudam a detectar atividades suspeitas após a aplicação ser implantada.
- Ferramentas de Resposta a Incidentes: Ferramentas que automatizam a resposta a incidentes para mitigar rapidamente quaisquer ameaças detectadas.
Para saber como aplicar essas soluções na sua esteira de desenvolvimento, nossos consultores, em parceria com a Veracode, podem ajudar. Com soluções de DevSecOps pensadas para o negócio, sua empresa passa a identificar e resolver falhas com a agilidade necessária para manter a segurança em primeiro lugar. Entre em contato agora.