Segurança Cibernética costumava ser tratada nas organizações de forma limitada à esfera de tecnologia. Mas, as coisas mudaram.
O Fórum Econômico Mundial mencionou a importância de adicionar à sigla ESG um ‘T’, definindo assim ESGT como Governança Ambiental, Social, Corporativa e Tecnológica. Com isso, adicionou às preocupações das empresas os riscos e oportunidades vinculados às questões digitais.
Não é à toa. Cibersegurança se tornou um pilar para a gestão de empresas. Tanto que, o mesmo Fórum Econômico Mundial definiu que a falha da segurança cibernética é a quarta ameaça crítica mais provável para o mundo nos próximos anos, em seu Relatório de Riscos Globais 2021.
Ataques cibernéticos afetam objetivos e interesses de todas as empresas. Interrompem operações, dificultam o cumprimento de leis sobre proteção de dados, impactam a forma como as pessoas trabalham e geram danos à reputação da marca. Afinal, proteger as informações de clientes não apenas gera confiança digital, como mitiga os riscos de sanções previstas na lei.
Com base nesse cenário, um novo olhar sobre o tema está sendo adotado pelas empresas.
Cibersegurança nas pautas corporativas de ESG
As regulamentações estão mais rígidas quando falamos de proteção de dados pessoais. Além da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), agências reguladoras já determinam diretrizes de segurança cibernética às empresas reguladas, por meio da publicação de normativos regulatórios. Como por exemplo a Resolução 4.893 do Banco Central e a Circular 638 da SUSEP (Setor Securitário).
Por isso, incorporar a segurança cibernética em processos de gestão de riscos, junto a um desenvolvimento sustentável, é um caminho sem volta para empresas que desejam proteger seu ambiente e agregar valor aos seus resultados.
E considerando exemplos de ataques já vistos em vários pontos do mundo, é possível enxergar cibersegurança apoiando também o pilar ambiental. Vimos casos na guerra entre Rússia e Ucrânia, em que parques eólicos na Europa foram afetados, e o ataque sofrido pela operadora do maior duto de transferência de combustível da costa leste dos Estados Unidos, a Colonial Pipeline.
Recomendações
Identificar em que momento da jornada de segurança da informação sua empresa está é importante para se iniciar um plano de governança e compliance. Escolha uma consultoria especializada, com metodologia própria, criada com base nas melhores práticas de mercado e nos requisitos do negócio (ITIL, COBIT, ISO e NIST). Assim, por meio de um Assessment de Segurança da Informação como o da Redbelt, é possível criar medidas importantes para um ambiente seguro, monitorado e gerenciado, com capacitação da equipe, estruturação de processos, controles tecnológicos eficazes e relatórios periódicos.
O resultado é um guia de evolução de maturidade em segurança da informação, para orientar a empresa na tomada de decisão sobre ações para prevenção e resposta aos incidentes cibernéticos.
Eficiência contra Ransomware
Também é possível identificar a maturidade da empresa relacionada a prevenção e resposta a ataques de ransomware. O resultado precisa ser customizado ao ambiente da empresa e condizente com as melhores práticas de segurança cibernética reconhecidas no mercado. A partir deste projeto, fica mais fácil criar um plano com as ações necessárias para que a maturidade da empresa evolua na capacidade de responder a ataques de ransomware.
Plano de Continuidade de Negócios
Em cenários de contingência, o tempo se torna escasso. Por isso, é crucial planejar, de maneira antecipada, as ações necessárias para manter a continuidade das operações em situações críticas, que causem impacto ao negócio.
O Plano de Continuidade de Negócios (PCN) é desenhado para atuar em favor da organização, fortalecendo a estratégia e garantindo que a continuidade das operações não será interrompida em cenários de contingência. O PCN elaborado pela Redbelt parte do contexto único de cada organização para identificar os processos e ativos críticos cruciais para assegurar a continuidade do negócio. Usamos uma metodologia própria, criada com base em frameworks e normativas internacionais e melhores práticas de mercado.
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Clóvis Reigota, head de GRC na Redbelt Security