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Identificando falhas de código em tempo: como impedir que o bug vire vulnerabilidade

Consertar um bug detectado na fase de teste de unidade custa 10 vezes mais do que corrigi-lo durante a codificação. E até 40 vezes mais do que durante o teste de sistema.​ É por isso que, quanto antes a segurança for implementada no ciclo de desenvolvimento de software, melhor.

Vulnerabilidades no código podem abrir portas para ataques cibernéticos, comprometendo dados sensíveis e prejudicando a reputação das organizações. Nesse contexto, a revisão de código seguro surge como uma prática essencial, permitindo identificar e corrigir falhas antes que elas se transformem em problemas significativos.

Neste artigo, você vai compreender a etapa de revisão de código no desenvolvimento de uma aplicação e entender a importância dela no processo de remediação de vulnerabilidades.

Como é feita a revisão de código?

Revisão de código, ou code review, é o processo de examinar o código-fonte de um software para verificar se está em conformidade com as melhores práticas de codificação e segurança. Esse procedimento não só ajuda a detectar erros que poderiam levar a vulnerabilidades de segurança, mas também promove a qualidade do software, aumentando sua confiabilidade e eficiência.

Revisões bem executadas resultam em economia de tempo e dinheiro. Elas permitem a identificação de falhas e áreas de melhoria antes mesmo da implantação do código. Dessa forma, evitam-se defeitos no software e impactos negativos no ambiente de produção, poupando recursos ao prevenir a necessidade de correções posteriores.

A revisão pode ser realizada manualmente, por outros desenvolvedores, ou automaticamente, por meio de ferramentas especializadas. A abordagem manual envolve a análise detalhada do código por pares, promovendo um aprendizado coletivo e a melhoria contínua da base de código. Já as ferramentas automatizadas, como SAST (Static Application Security Testing), DAST (Dynamic Application Security Testing) e IAST (Interactive Application Security Testing), oferecem uma maneira eficiente de escanear o código em busca de padrões conhecidos de vulnerabilidades.

SAST, DAST e IAST: quando usar?

  • SAST analisa o código-fonte estático para identificar vulnerabilidades sem executar o programa. É melhor utilizado nas fases iniciais do desenvolvimento, pois pode detectar problemas antes mesmo da execução do código.
  • DAST testa o aplicativo em execução, simulando ataques para encontrar vulnerabilidades. É ideal para as etapas posteriores do ciclo de vida do desenvolvimento, fornecendo uma visão realista da segurança do aplicativo em um ambiente de produção simulado.
  • IAST combina as abordagens SAST e DAST, oferecendo análise em tempo real do aplicativo enquanto ele está em execução. Isso permite uma detecção mais precisa de vulnerabilidades em contexto.

Passo a passo para Bug Hunters

  1. Estabeleça objetivos claros: defina o que você espera encontrar na revisão, como vulnerabilidades específicas ou más práticas de codificação.
  2. Utilize ferramentas de análise de código: ferramentas SAST, DAST e IAST podem automatizar a detecção de vulnerabilidades comuns.
  3. Realize revisões manuais: além das ferramentas, a revisão manual permite uma compreensão mais profunda das lógicas de negócio e possíveis falhas.
  4. Documente tudo: mantenha um registro detalhado das vulnerabilidades encontradas e das recomendações de correção.
  5. Reporte: Comunique os responsáveis pelo código sobre a vulnerabilidade e forneças as informações necessárias para que a vulnerabilidade seja corrigida.

Conclusão

A revisão de código seguro é uma etapa indispensável no desenvolvimento de software, crucial para garantir a segurança e a qualidade dos aplicativos. Por meio de práticas e ferramentas adequadas, desenvolvedores e bug hunters podem identificar e auxiliar no processo de remediar vulnerabilidades, protegendo as organizações contra potenciais ameaças cibernéticas. A adoção dessa prática não apenas melhora o produto final, mas também fomenta uma cultura de segurança e excelência entre as equipes de desenvolvimento.

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